PORTUGAL: Relatório do mês de Julho

TRANSAÇÕES DESTACADAS
Relatório de Julho

Número de Fusões e Aquisições em Portugal aumenta 23% no mês de Julho

  • Portugal registou 37 transações no mês de julho,
  • 12 transações revelaram valores que somam €3,2 mil milhões,
  • Investimentos de private equity tiveram alta de 133% em julho.

Portugal no panorama

O mercado de fusões e aquisições de Portugal registou 37 transações no mês de julho, um aumento de aproximadamente 23%, de acordo com o Relatório Mensal de M&A da Transactional Track Record. Deste total, 12 transações revelaram valores que somam € 3,2 mil milhões. De janeiro a julho de 2017, Portugal já soma 214 operações e valor total de € 12 mil milhões, um expressivo crescimento de 240% em relação ao mesmo período do ano passado.

Os subsetores com maior destaque no mês de Julho foram:

  • Transportes, Aviação e Logística, com 5 transações.
  • Financeiro e Seguros, 4 transações.
  • Distribuição e Retail,  4 transações
  • Imobiliário permanece como o mais ativo do ano, com um crescimento de 29% em relação ao ano anterior, devido às 36 transações já realizadas no setor no período.

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Cross-border

O mercado português soma 70 operações de cross-border inbound. Se até 2016 os Estados Unidos eram o país que mais investia na aquisição de empresas portuguesas, em 2017 o cenário mudou e o destaque passou a ser a Espanha. O vizinho ibérico já adquiriu, ao longo deste ano, 23 empresas em território nacional e investiu € 1,14 mil milhão. O Reino Unido também ultrapassou os Estados Unidos em números de transações, mas não os alcançaram em termos de aportes. Os estadunidenses registaram dez aquisições que totalizaram mais de € 1.1 mil milhão, enquanto o Reino Unido fez 11 aquisições com valor de € 557 milhões.

Nos investimentos de Portugal no mercado estrangeiro se concentraram:

  • Grécia, com € 500 milhões,
  • França, com € 29 milhões,
  • Espanha foi o país onde mais foram feitas movimentações – quatro aquisições só nos setes primeiros meses de 2017.

Private Equity e Venture Capital

Em julho, o TTR contabilizou sete transações de private equity, um aumento de 133% em relação ao mesmo período do ano anterior. Duas revelaram valores que somam € 2,6 mil milhões. No acumulado do ano, os investimentos de private equity no país tiveram um incremento de 401% em comparação ao ano anterior. O setor mais movimentado é o de Petróleo e Gás.

Já o cenário de venture capital permanece pouco expressivo, com apenas uma operação no mês. Em 2017, foram 18 transações e um total de € 22,29 milhões, uma queda de 71% em comparação com o mesmo período de 2016.

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Transação do Trimestre

A VINCI Airports, empresa francesa que atua como operadora de aeroportos, concluiu em julho a aquisição de uma participação de 51% no capital social da LFP – Lojas Francas de Portugal, da TAP Air Portugal. O valor da operação foi de € 15,60 milhões.

A LFP – Lojas Francas de Portugal, fundada em 1995, é a retalhista em Portugal nas vendas em aeroportos e a bordo de aeronaves. A empresa está presente em cinco aeroportos e possui 29 lojas. A suíça Dufry vai manter a participação de 49% que já detém.
A VINCI Airports teve assessoria jurídica na transação da CMS Rui Pena & Arnaut, enquanto a TAP Air Portugal foi assessorada pela PLMJ.

BRASIL: FUSÕES E AQUISIÇÕES MOVIMENTAM R$ 140 BILHÕES NO 1º SEMESTRE DE 2017

  • TTR registra 513 transações no primeiro semestre de 2017 e valor de R$ 140 bilhões
  • Brasil tem maior número de transações domésticas na LatAm no 1S17, total de 349
  • Aquisição da NTS pela Brookfield Asset Management é a transação do trimestre
Insight TTR

No período de janeiro a junho de 2017, o número de transações envolvendo a aquisição de participação em empresas que atuam na produção de eletrônicos aumentou 75%, comparado ao mesmo período de 2016. Uma das oprações de destaque do semestre foi o aporte de capital de R$2 milhões na Chip Inside. A startup de tecnologia desenvolveu um colar adaptado ao pescoço dos bovinos com capacidade de monitorar o comportamento dos animais a partir da ruminação, do ócio e da reprodução, contribuindo para a saúde e prevenção de doenças.

 

 

De acordo com o Relatório da Transactional Track Record e LexisNexis sobre o mercado de fusões e aquisições brasileiro, de abril a junho de 2017 foram registradas 245 transações, um pequeno crescimento de 4,7% comparado ao ano passado. Deste total, 104 operações tiveram valores divulgados que somam R$63,3 bilhões, aumento de 121% em relação ao 2T16. Entre os subsetores mais ativos do trimestre, estão Tecnologia (47 transações), Financeiro e Seguros (36) e Distribuição e Retail (25).

O balanço final do primeiro semestre foi de 513 transações e R$ 140 bilhões, um valor 175% maior que o período homônimo. Destaque para o setor Financeiro e Seguros, que cresceu 53%.

Fusões e aquisições brasileiras na América Latina

No panorama latinoamericano, o Brasil se destaca com o maior número de transações domésticas no primeiro semestre de 2017, um total de 349. O país continua na mira dos mercados estrangeiros e foi protagonista de 109 aquisições inbound, mais que o dobro do mercado mexicano, que registrou 48 operações cross-border inbound.

O poder de compra do país no exterior é inferior ao de Chile e México. Ambos os países realizaram mais aquisições no exterior (20 e 33 respectivamente) do que o Brasil, que somou 19 transações outbound no semestre. O número de desinvestimentos estrangeiro em participadas brasileiras chegou a 39, o dobro dos demais países latinoamericanos.

A maior transação do trimestre na América Latina ocorreu em território brasileiro: a aquisição da Nova Transportadora do Sudeste (NTS) pela Brookfield Asset Management por R$13,2 bilhões.

Cross-border

O país que mais adquiriu negócios no Brasil foi os Estados Unidos, com o saldo de 35 transações e investimento de R$12,3 bilhões no primeiro semestre de 2017. Na sequência por número de operações estão França e Alemanha.

O país norte-americano foi também o alvo dos investimentos brasileiros, que adquiriu 11 empresas e aplicou R$511 milhões nos Estados Unidos de janeiro a junho de 2017. O maior valor investido no exterior foi realizado no Reino Unido, onde o Brasil injetou R$3,7 bilhões em uma única transação ainda em andamento. A Natura, empresa de cosméticos, fragrâncias e higiene pessoal, assinou contrato para adquirir 100% das ações de emissão da The Body Shop, empresa que se dedica à fabricação e comercialização de cosméticos e produtos de beleza detida pela L’Oréal.

Private Equity e Venture Capital

No segundo trimestre de 2017, o TTR registrou 27 operações de private equity, um aumento de 23% em relação ao mesmo período de 2016. Deste total, 12 revelaram valores que somam R$7,6 bilhões, crescimento de 62%. Entretanto, o acumulado do semestre é inferior ao ano passado: 44 transações – uma redução de 19% – e R$9,9 bilhões. O setor mais ativo foi o de Saúde, Higiene e Estética, com sete operações e um crescimento de 40%. A gestora destaque do semestre é a Pátria Investimentos, que participou de cinco transações contabilizadas no TTR.

Já no cenário de venture capital, foram registradas 44 operações, que revelaram valores de aproximadamente R$ 1 bilhão, um aumento de 188% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. O acumulado do semestre totaliza em 87 transações e o valor de R$1,5 bilhão. O subsetor mais ativo foi Tecnologia, com 43 transações. O fundo destaque foi o Bossa Nova Investimentos, com 17 operações computadas no database.

Transação do Trimestre

A maior operação do período foi escolhida também pela TTR como transação do trimestre: a conclusão da venda de uma participação no capital social da Nova Transportadora do Sudeste (NTS) para a Brookfield Asset Management. O valor total recebido pela vendedora Petrobras é composto de US$2,59 bilhões, referentes à venda das ações, e US$1,64 bilhões de debêntures conversíveis em ações emitidas pela NTS. O restante, US$850 milhões, será pago em cinco anos e atualizado no período.

A NTS opera uma rede de gasodutos na região sudeste. A operação faz parte do programa de parcerias e desinvestimentos que totalizou USD 13,6bi no biênio 2015-2016.

A Petrobras contou com a assessoria financeira do Banco Bradesco BBI e jurídica do escritório Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados, bem como do Hogan Lovells Brasil. Já a Brookfield foi assessorada pelos escritórios Pinheiro Neto Advogados, Torys e Norton Rose Fulbright.

Rankings – Assessoria Financeira & Jurídica

Confira o ranking TTR de assessores Financeiros e Jurídicos (year to date) no relatório trimestral.

 

TTR in the Press

FOLHA DE SP –  “De papel passado

CONSULTOR JURÍDICO – “Mattos Filho lidera assessoria em fusões e aquisições no 2º trimestre

MONITOR DIGITAL – “Mercado de fusões e aquisições movimenta R$140,5 bi no semestre

Relatório Completo